Argamassa convencional: saiba mais sobre esse material fundamental no processo construtivo da alvenaria.

Ao lado do bloco de concreto, a argamassa desempenha papel de grande importância na parede, pois é ela quem proporciona a consolidação dos componentes por meio das juntas de assentamento. Ela é formada pela mistura de cimento, areia, cal e água, contendo ou não aditivos químicos, e pode ser industrializada ou produzida na obra. “O importante é que ela seja uniforme e mantenha as mesmas características em toda a parede”, explica o engenheiro civil Davidson Deana.

Argamassa multiuso

Quando fresca, a massa deve oferecer trabalhabilidade ao operário, não pode segregar e deve se aplicada com facilidade, mantendo-se plástica, além da característica de retenção de água. Sua resistência deve ser menor que a do bloco de concreto para dar melhor aderência e resiliência durante seu estado endurecido. Ainda quando endurecida, a argamassa deve oferecer resistência a compressão e capacidade de acomodação.

Existem aditivos no mercado que substituem o uso da cal, porém, segundo Deana, no caso de alvenaria estrutural com blocos de concreto e para argamassas feitas em canteiro, a cal é essencial, pois é ela quem retém a água e evita a retração excessiva, que é o defeito de variação dimensional pela perda de umidade. A cal também dá mais plasticidade, melhorando a aplicação e garantindo, assim, melhor aderência.

Cuidados com a argamassa durante a obra

  • A argamassa deve ser misturada em argamassadeira, nunca em betoneiras.
  • O período máximo de utilização da argamassa é de duas horas a partir da adição da água. No caso de argamassa industrializada, depois de colocada a água inicial, não redose com mais água, pois essa água irá alterar suas características técnicas. Apenas mexa até voltar ao ponto de aplicação.
  • No caso de usar argamassa produzida na obra, faça constantes ensaios para confirmar se a resistência está uniforme.