História do telefone. Vamos, entender um pouco o mundo da telefonia? Como será que uma pessoa consegue falar com outra através do telefone? Como tudo começou?

Tudo começou em 1876, quando Alexandre Graham Bell patenteou (registrou) a ideia da transmissão da voz através de ondas elétricas, realizando, assim, a primeira transmissão de voz a longa distância.

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Desde então, esta ideia revolucionou o mundo das Telecomunicações.

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Vamos ver como isto funciona.

Retornemos aos tempos de criança quando brincávamos de telefone feito com latas e barbante. Vocês lembram desta brincadeira? Não! Mas, certamente, seus pais e avós lembram…

O telefone feito de latas nada mais é do que duas latas interligadas por um barbante que, quando esticado, faz com que tudo que se fala em uma das latas seja escutado na outra.

Para entender melhor vamos ver como construir  um  telefone  de  latinha (copinho)

telefone-latinha-copinhoPara a construção de cada conjunto de telefones de latinha, é necessário o seguinte material:

2 latas (de ervilha, por exemplo) ou copinhos plásticos de iogurte , 1 prego e 2 a 5 metros de barbante

Modo de construção:

1. Pegue cada latinha de ervilha (não esqueça de rebater as bordas) ou copinho de iogurte e, com o prego, faça um pequeno furo no centro do fundo, de forma que o barbante possa ser colocado.
2. Passe a ponta do barbante pelo furo feito no fundo de um dos copos e faça um nó grosso para evitar que o barbante saia pelo furo.
3. Passe a outra ponta do barbante pelo furo do outro copo e faça um nó grande,da mesma forma feita anteriormente.
4. Agora, é só brincar. Alguém fala num copinho, enquanto outra pessoa escuta no outro copinho.

ATENÇÃO
O barbante tem que estar bem esticado e não coloque os dedos nele, pois isso impede o funcionamento correto.

Explicarei, rapidamente, como a voz é enviada através do barbante:

A voz pressiona o ar e produz ondas sonoras. Estas ondas sonoras, dentro do copo, por sua vez, fazem o fundo do copo vibrar.

Esta vibração é transferida para o barbante e conduzida por ele até o outro copo, onde provoca o efeito contrário, ou seja, o fundo do copo vibra e pressiona o ar, permitindo que a pessoa do outro lado escute a fala.

Vamos pensar um pouco mais sobre esta brincadeira: se João e Paulo estivessem brincando de telefone feito de latas, eles estariam se comunicando um com o outro, usando o telefone. Mas, nesta brincadeira, João só pode falar com Paulo e Paulo só pode falar com João. Certo?

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Se Carlos quisesse participar da brincadeira e também se comunicar com João e Paulo, seria preciso mais dois outros telefones feitos de latas.

Agora, imaginem se 10, 20 ou mais crianças quisessem brincar também.

Quantos telefones de lata seriam necessários e qual não seria a quantidade e o cruzamento destes barbantes, de forma que eles pudessem se comunicar?

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O Sistema Telefônico começou da mesma forma. Inicialmente, poucas pessoas tinham telefones e, como visto na brincadeira do telefone de latas, poucas pessoas podiam se comunicar. Assim, para João falar com Paulo, era preciso dois telefones e um par de fios (dois fios) interligando os telefones.

Como ilustração mostramos, a seguir, alguns tipos de telefones que evoluíram através do tempo em sua forma, tamanho, material e cores.

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Vejamos, então, se vocês entenderam: Como visto na brincadeira do telefone feito de latas, inicialmente, um assinante (telefone) se comunicava somente com outro assinante (telefone).

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Se Carlos também quisesse falar com João ou com Pedro, seriam necessários um telefone para cada um deles e três pares de fios para interligar os telefones.

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Se Ana também quisesse se comunicar com todos, seriam necessários mais pares de fios para interligar todos os telefones.

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Desta maneira, à medida que aumentava o número de pessoas utilizando o telefone, aumentava a quantidade de pares de fios e as distâncias entre os telefones.

Imaginem vocês quantos pares de fios precisariam ser usados para interligar 100, 1.000, 10.000 assinantes e qual seria o tamanho destes fios!

O crescimento das telecomunicações levou ao aparecimento de cabos (conjunto de pares de fios). Isto facilitou a interligação dos telefones a longas distâncias.

Surge, também, a necessidade de concentrar estes cabos em um único ponto (prédio), de forma que, através de equipamentos instalados, pudessem ser feitas as ligações entre os assinantes (telefones).

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Aparecem, então, as Centrais Telefônicas e as Redes de Cabos e Fios para interligar os assinantes (telefones).

Inicialmente, as Centrais Telefônicas eram manuais, isto é, eram as telefonistas que faziam as conexões entre os assinantes. Sendo assim, era necessária a presença de um operador (telefonista) que, atendendo ao pedido de um assinante, conectava (ligava) dois aparelhos através da mesa telefônica manual.

Na central telefônica havia, então, tantos pares de fios quantos telefones nela instalados, que vinham de diversas residências ou escritórios e ficavam ligados a interruptores ou tomadas em um painel de controle.

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Ao terminarem a conversa, as pessoas colocavam seus telefones no gancho, porém seus fios continuavam ligados na central telefônica.

Nas centrais mais antigas, a telefonista precisava ouvir as conversas, de vez em quando, para ver se já tinham terminado e só então desligava as duas linhas.

Já nas centrais mais modernas, dispositivos como lâmpadas que acendiam, ou janelinhas que se abriam na mesa da telefonista, avisavam quando as pessoas haviam desligado seus aparelhos. Com a evolução da tecnologia, as centrais tornaram-se automáticas, ou seja: passaram a funcionar sozinhas e a fazer as ligações sem a necessidade da telefonista. Os aparelhos telefônicos passaram a ter discos para gerar pulsos elétricos que sinalizavam, para a central, o número do assinante com o qual se desejava falar

Hoje em dia, os aparelhos telefônicos possuem teclados, através dos quais são digitados o números dos telefones de onde se deseja falar.

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As centrais telefônicas automáticas, inicialmente, eram puramente mecânicas (engrenagens, motores e terminais). Com o passar do tempo, evoluíram para centrais eletromecânicas (dispositivos elétricos e dispositivos mecânicos). Atualmente, as centrais telefônicas são como grandes computadores que executam todas as tarefas.

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