Já vimos em outros artigos que os materiais de que são construídos os edifícios têm uma determinada durabilidade, isto é, têm um período de vida útil, ao longo da qual vão se deteriorando (perdendo suas propriedades originais), até um momento em que não atendem mais as suas funções e precisam ser repostos, por isso se faz necessário o que chamamos de “manutenção predial preventiva“.

Vimos também que os materiais têm durabilidades diferentes. O concreto, por exemplo, do qual é feita a estrutura, pode durar 50 anos ou mais, enquanto a pintura dura alguns anos. Por outro lado a pintura protege o concreto e, se não for reposta periodicamente, o próprio concreto pode não durar os 50 anos que seria a sua vida útil normal.

Aprenda como fazer um bom concreto e evite prejuízos a curto prazo!

Tipos de manutenção predial e sua importância para o futuro da edificação

Assim, para que um edifício possa ter todas as suas funções prolongadas ao longo da sua vida útil, é necessário que, durante esse tempo, seja feita uma série de serviços de verificações, reposições e substituições. A esses serviços damos o nome de manutenção (LICHTENSTEIN, 1985). São exemplos de tipos de manutenção predial: repinturas, substituição de fios, tubos e aparelhos elétricos, trocas de fechaduras, torneiras, ou peças internas desses componentes, entre muitos outros. Os serviços de manutenção são rotineiros e periódicos. Existem também muitas empresas de manutenção predial. Assim, podem ser previstos e planejados, como se faz nas revisões programadas de veículos.

Manutenção predial

Manutenção predial é diferente de reparo!

Isso é meio óbvio, mas necessário ressaltar. Quando realizamos a manutenção de forma correta, evitamos os indesejados reparos e reformas “emergenciais”.

Note como o conceito de manutenção predial é diferente do reparo. A manutenção é feita para que o edifício mantenha suas funções, enquanto que o reparo (conserto) é feito para restituir funções perdidas ou prejudicadas. Outra diferença importante é que a manutenção tem uma finalidade preventiva, isto é, tem como objetivo evitar problemas (evitar ficar doente) enquanto o reparo é uma atividade corretiva, ou terapêutica (tratamento da doença). A manutenção, como vimos, pode ser programada, ao contrário dos reparos, que são esporádicos, muitas vezes imprevisíveis e até emergenciais.

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É muito comum a falta de manutenção adequada dos edifícios, e isso é uma causa importante de patologias. Uma das principais razões disso é o seu custo, dificultando ou até mesmo impedindo os usuários de a executarem. Daí a importância, quando da escolha dos materiais que serão utilizados no edifício, de levar em conta não só o custo de aquisição, mas também o custo de manutenção. Muitas vezes pode ser mais vantajoso gastar mais na obra, comprando materiais de maior durabilidade, e ter menos gasto com manutenção depois que a obra ficar pronta.

É comum também deixar de fazer manutenção predial para fazer economia. Essa “economia” pode se voltar contra o próprio usuário, pois poderá gerar patologias muito mais caras para serem reparadas. Essa atitude está ligada muitas vezes ao desconhecimento e até ao descaso com a manutenção, como se não fosse uma coisa importante.

O reparador é um profissional que pode realizar tanto as atividades de manutenção predial quanto as de reparos, o que, de fato, acaba por ocorrer na prática. Por isso muitas vezes essas atividades acabam se misturando e se confundindo. É importante saber diferenciar as duas, pois como têm natureza diferentes, serão diferentes também os métodos de trabalho, os prazos, custos, etc. Além disso o cliente ou usuário precisa ser esclarecido sobre o tipo de serviço (manutenção elétrica, manutenção hidráulica, manutenção civil, preditiva, preventiva, corretiva e etc.) que está contratando.