Conheça os sistemas de aquecimento para garantir a água quentinha, na temperatura ideal para o conforto e as necessidades de uma residência.

O sistema de água quente não é apenas uma questão de luxo ou conforto. Em algumas regiões do Brasil o inverno é bastante rigoroso e a água quente se transforma em uma necessidade para muitas residências.

O sistema predial de água quente é um conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos destinados aos abastecimento de água quente de boa qualidade, em quantidade e temperatura controláveis pelo usuário para a sua utilização adequada.

Afinal, quando podemos considerar a água quente? De acordo com o instrutor de Hidráulica do Senai, Nelson Júnior, acima de 26º já é possível considerar a água quente, e 70º deve ser a temperatura máxima de condução de água quente.

A água pode ser aquecida por meio do sistema de aquecimento elétrico (à base de energia elétrica), pelo aquecimento a gás (Gás Natural ou Gás Liquefeito de Petróleo/GLP, ou Gás de Cozinha) e por aquecimento solar (Sol).

Sistemas de aquecimento

O aquecimento elétrico por meio de passagem utiliza resistência elétrica dentro de um reservatório de água, que transfere todo o calor para a água e aquece instantaneamente, como nos chuveiros elétricos.

Já o aquecimento elétrico por acumulação armazena a água fria em um reservatório e aquece por meio do calor gerado pela resistência existente no interior do aquecedor.

Como funciona o chuveiro elétrico

No aquecimento a gás por meio de passagem ou instantâneo, a água fria entra no aquecedor, percorre a tubulação interna (serpentina), que recebe o calor direto da chama do queimador a gás e aquece a água. Mas, no aquecedor a gás por meio de acumulação, a água fria entra no reservatório e é armazenada por determinado tempo, para que seja aquecida pelo calor da chama do queimador do gás.

Também não podemos nos esquecer do aquecimento que está em alta nos últimos anos. “O aquecedor solar é composto por dois elementos básicos, o coletor solar que é responsável por aquecer a água e o reservatório térmico, cuja função é armazenar a água aquecida. Neste caso, a água circula entre o reservatório térmico e os coletores solares, que possuem serpentinas onde são aquecidos pela transferência de calor externo gerado pelo sol. Vale lembrar que é preciso um reservatório de água fria para alimentar este sistema”, diz Nelson Junior.

Sistemas de aquecimento de água - aquecedor solar

Cobre, CPVC ou PPR?

O cobre, o Polipropileno Copolímero Random Tipo 3 (PPR) e o Cloreto de Polivinila Clorato (CPVC) como os materiais mais utilizados em sistemas de água quente.

Ao optar por cobre, o instalador deve saber que o material está dividido entre classe E (Instalações de água fria e água quente, gases combustíveis, instalações de combate a incêndio por hidrante e sprinklers); classe A (instalações de gases medicinais); e classe I (instalações industriais de alta pressão e vapor). O cobre também é aplicado em instalações de água fria, de combate a incêndio por hidrantes e sprinklers, gases combustíveis, medicinais, ar comprimido e vapor. Os benefícios deste material incluem boa resistência química e á corrosão; facilidade para manusear; pouca tendência à incrustação; boa resistência mecânica e longa vida útil.

O PPR também está dividido em três classes. São elas: PN 12 (suporta até 100 M.C.A) a temperaturas médias de 27º C; PN 20 (suporta 80º C) a uma pressão de 40 M.C.A; e PN 25 (suporta 80º C) a uma pressão de M.C.A. suporta picos de até 95º C.

Os tubos em PPR podem conduzir e armazenar água quente nas instalações hidráulicas nas mais variadas formas e possibilitam a execução de qualquer projeto hidráulico. Entre os benefícios, vale destacar a maior produtividade; o fato de não requerer isolamento térmico, ou seja, com baixa condutividade térmica não transmitem calor para a face externa da tubulação; a otimização do projeto, tendo em vista que permite a condução de água quente e fria. O material é atóxico, suporta picos de temperatura e está livre de corrosão, além de maior flexibilidade e resistência a impactos.

A lista de benefícios dos tubos de CPVC também é extensa: junta simples de executar (apenas duas etapas); atóxico e livre de corrosão, dispensa isolamento térmico; apresenta pouca tendência à incrustação; boa resistência mecânica; e vida longa e reciclável.

Conhecendo Mais

  • Cobre – O material necessita de isolamento térmico e os tubos são fornecidos em barras de 2,5 metros e 5 metros, disponíveis nos diâmetros 15, 22, 28, 35, 42, 54, 79 e 104 mm.
  • PPR– Disponíveis nos diâmetros 20, 25, 32, 40, 50, 63, 75, 90 e 110 mm e fornecidos em barras de 3 metros.
  • CPVC – O material é fornecido em barras de 3 metros e está disponível nos diâmetros 15, 22, 28, 35, 42, 54, 73, 89 e 114 mm.